Goku em Foco: Dragon Ball Daima se torna o Prelúdio para Dragon Ball Super
O fim do anime Dragon Ball Super sempre pareceu abrupto. A série parou logo após o Torneio do Poder, mesmo com o mangá seguindo adiante com a saga de Moro e depois com a de Granolah.
Havia, pelo menos, um arco inteiro pronto para ser adaptado. Mas a situação ficou ainda mais curiosa quando Dragon Ball Daima surgiu do nada, parecendo substituir Super por completo.
No entanto, o episódio #16 de Daima acabou deixando claro que a nova série funciona como um préquel perfeito para Super, preparando terreno para sua eventual volta.
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No episódio, Goku faz algo totalmente atípico: pede ajuda a seus amigos durante uma batalha. Isso acontece quando Gomah, recém-transformado, interrompe seu confronto contra Majin Duu.
O pedido é tão inesperado que até Bulma, assistindo tudo de longe, reage surpresa. O Namekuseijin Neva logo explica: isso só mostra o quão poderoso Gomah realmente é.
Essa mudança de atitude de Goku tem um peso significativo, especialmente quando lembramos dos eventos de Dragon Ball Super.
Na saga do Prisioneiro da Patrulha Galáctica, Goku e Vegeta enfrentam Moro da forma habitual: cada um luta sozinho.
Vegeta é derrotado rapidamente e, devido aos poderes especiais de Moro, Goku também acaba perdendo.
Mas quando se reencontram no capítulo #47, Goku dá um sinal para Vegeta, e os dois atacam juntos.
Na época, muitos fãs não perceberam o impacto dessa decisão. Afinal, Goku e Vegeta já tinham entendido que a melhor estratégia contra Moro era vencê-lo o mais rápido possível.
Mas agora, com a fala de Bulma em Daima reforçando que Goku nunca pede ajuda, fica muito mais fácil reconhecer o peso desse momento.
O mais interessante é que essa dinâmica se repete ao longo de Super.
No capítulo #48, o Grande Senhor dos Lordes, que havia tomado posse do corpo de Majin Buu, sugere que os três lutem juntos contra Moro, e Goku aceita a ideia.
Esse amadurecimento continua na saga de Granolah, quando Goku e Vegeta voltam a lutar lado a lado para derrotar Gas no capítulo #84.
Outro ponto relevante é o impacto narrativo dessa cena de Daima. O pedido de Goku para lutar em grupo é ainda mais significativo do que em Super.
Diferente das situações futuras, aqui ele nem sequer tenta lutar sozinho antes de pedir ajuda.
Neva destaca que Goku reconhece a força de Gomah antes mesmo de enfrentá-lo e, por isso, decide não arriscar.
Isso está alinhado ao estilo narrativo de Dragon Ball Super, que sempre foi mais sutil em suas mudanças de personagens. Um exemplo claro é a evolução de Vegeta.
Em Dragon Ball Z, ele tem uma mudança drástica ao passar de vilão para aliado relutante. Em Super, suas transformações são mais discretas, como o desenvolvimento do Ultra Ego e a adoção de novas técnicas, como a Transmissão Instantânea.
Mesmo assim, ainda vemos momentos em que Vegeta cede às antigas ambições, como na luta contra Granolah, mas agora esses momentos duram menos e são mais sutis.
A influência de Daima também protege Super de possíveis críticas sobre incoerências na personalidade de Goku.
Ao longo dos anos, Super foi acusado de mudar aspectos fundamentais da franquia. Um dos exemplos mais polêmicos está no capítulo #31, quando Dende revela a Goku que Uub é a reencarnação de Buu e o incentiva a treiná-lo.
Isso contradiz a cena final de Dragon Ball Z, na qual Goku descobre isso sozinho e fica animado para testá-lo.
Com Daima servindo como um elo de ligação, o anime cria uma conexão mais fluida entre os eventos de Super, evitando que decisões como essa pareçam forçadas ou descuidadas.
Claro, alguns argumentam que a narrativa não deve explicar tudo explicitamente, permitindo que o público tire suas próprias conclusões.
Mas fãs de Dragon Ball são apaixonados pela franquia, e qualquer alteração sem explicação pode parecer um erro ou falta de atenção aos personagens.
No fim das contas, Dragon Ball Daima parece ter sido lançado no meio da adaptação de Super por um motivo bem claro.
Embora ainda existam muitas teorias sobre suas conexões, o episódio #16 mostrou que a série serve como um préquel bem estruturado, preparando o terreno para o futuro de Dragon Ball Super.
Lucas Santana Silva é um estudante de Administração com uma personalidade dinâmica e meticulosa. Conhecido por sua organização e atenção aos detalhes, ele se dedica intensamente para entregar trabalhos de alta qualidade, muitas vezes indo além do esperado para alcançar os melhores resultados. Apesar de se considerar um "incompetente que sabe um pouco de tudo", Lucas está em constante busca por crescimento, lutando incansavelmente por seus sonhos e buscando seu espaço no mundo. Embora sua aparência descontraída possa não transparecer, ele possui uma sensibilidade aguçada para entender questões pessoais e emocionais. Prefere tomar decisões em conjunto, valorizando a colaboração, e tende a evitar se destacar em meio a grupos, optando por uma postura mais observadora e reflexiva. Lucas é, acima de tudo, um jovem em evolução, determinado a encontrar seu caminho e contribuir de maneira significativa.