Geto fez mais mal do que bem em Jujutsu Kaisen
Ao longo da narrativa de Jujutsu Kaisen, Suguru Geto é apresentado como uma figura complexa, despertando sentimentos diversos nos fãs.
Inicialmente, ele surge como o melhor amigo de Satoru Gojo, seu igual em poder e potencial. Nos tempos de escola, ambos eram conhecidos como “Os Mais Fortes”, formando uma dupla lendária.
Geto, com seu poder de manipular Espíritos Amaldiçoados, parecia destinado a ser um dos grandes heróis da história. No entanto, a trajetória dele se afasta desse caminho rapidamente.
Sua transformação de herói em antagonista radicalizado é um dos pontos de virada mais impactantes da série e ainda gera debates acalorados sobre seu legado.
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— dekki 🐻 (@tojifuwas) May 30, 2025
Se analisarmos sua história do início ao fim, excluindo as ações após a morte, quando seu corpo foi controlado por Kenjaku, é possível afirmar com segurança que os atos negativos de Geto superam os positivos.
Embora ele tenha começado com boas intenções, suas escolhas o levaram por um caminho sombrio e destrutivo.
Geto se tornou o símbolo do que acontece quando uma ideologia, mesmo nascida de uma dor legítima, perde o equilíbrio.
A pergunta “Geto fez mais bem ou mal?” ganha profundidade ao olharmos para o conjunto da obra, e a resposta pode não agradar a todos.

Como estudante, Geto tinha boas intenções
Antes de sua queda, Suguru Geto era o típico guerreiro do bem. Lutava contra Maldições ao lado de Gojo, acreditava no dever dos fortes de proteger os fracos e demonstrava compaixão pelos que sofriam.
Sua habilidade permitia absorver espíritos amaldiçoados, algo que ele usava tanto para aumentar seu poder quanto para impedir que essas criaturas causassem danos.
Durante essa fase, é indiscutível que ele salvou inúmeras vidas, mesmo que o mangá nunca quantifique. Essa fase inicial construiu uma imagem heróica que ainda ecoa entre os fãs.
Contudo, o ponto de ruptura veio após a missão envolvendo Riko Amanai. Sua morte brutal mexeu profundamente com Geto, abrindo feridas que nunca cicatrizaram.
Ele começou a questionar a justiça do sistema e, principalmente, o valor da humanidade comum.
Afinal, eram os humanos não-feiticeiros os verdadeiros responsáveis pelo surgimento das Maldições, ao liberar sua energia amaldiçoada de forma descontrolada.
A partir daí, ele deixou de enxergar os não-feiticeiros como vítimas para vê-los como a fonte de todo o mal.
Esse questionamento, que começa como uma reflexão válida, logo se transforma numa ideologia perigosa. E é aqui que Geto começa a se perder de vez.

A ridícula intolerância gerada aos não-feiticeiros
A virada drástica na vida de Geto aconteceu quando ele assassinou uma vila inteira após ver dois jovens feiticeiros serem maltratados pela população local.
Esse ato marcou o nascimento de um novo Geto, um que acreditava na superioridade dos feiticeiros e passou a chamar os humanos comuns de “macacos”.
Ele abandonou sua missão de proteger e passou a ver o extermínio como solução. A ideia de que só os fortes deveriam viver se tornou seu novo credo, e a erradicação dos não-feiticeiros virou sua meta final.
Para viabilizar seu plano, Geto assumiu o controle da organização religiosa Grupo das Estrelas, manipulando seus seguidores e acumulando Maldições poderosas.
Durante esse período, não há registros exatos de quantas pessoas ele matou mas é evidente que seu desprezo pelos não-feiticeiros o levava a permitir (ou ignorar) massacres causados por espíritos amaldiçoados.
Pior ainda: ele matou os próprios pais, o que revela até que ponto sua ideologia o consumiu. A essa altura, o bem que ele havia feito no passado já não equilibrava mais a balança. O Geto idealista foi enterrado sob os escombros de uma crença radical.
O que a Parada Noturna dos Cem Demônios causou para a Trama
O auge do caos causado por Geto veio com a infame Parada Noturna dos Cem Demônios, evento central do filme Jujutsu Kaisen.
Nesse ato, ele libera Maldições por todo o Japão, causando mortes em massa, tanto entre feiticeiros quanto civis. É nesse ponto que sua transição de personagem ambíguo para antagonista completo se consolida.
Sua obsessão por uma sociedade governada apenas por feiticeiros o levou a destruir tudo que um dia defendeu. O evento abalou o mundo da feitiçaria, deixando cicatrizes psicológicas e estruturais.
Mesmo que Geto tivesse boas intenções no início de sua jornada, sua evolução para agente do caos é inegável.
A quantidade de vidas perdidas, direta ou indiretamente por sua causa, não pode ser ignorada.
Sua manipulação emocional de outros personagens, como Yuta e até mesmo Gojo, mostra que ele estava disposto a tudo para impor sua visão de mundo, mesmo que isso significasse trair os próprios valores que um dia defendeu.
No fim, ele se tornou o que mais temia: uma fonte de sofrimento.

Considerações finais
A jornada de Suguru Geto em Jujutsu Kaisen é, acima de tudo, uma tragédia contemporânea. Começou como um guardião respeitável, alguém que confiava na justiça e na responsabilidade dos mais fortes.
Contudo, a dor, a perda e a decepção o levaram a abraçar um extremismo perigoso. Sua transformação não é apenas narrativa; é também um alerta sobre os perigos de ideologias radicais e da falta de empatia.
Geto desejava mudar o mundo, mas optou pelos piores métodos possíveis para isso.
Mesmo sem dados precisos, os acontecimentos comprovam. As mortes causadas por seus atos ultrapassam, em impacto e em quantidade, os atos de heroísmo que realizou no passado.
Ele não só fracassou em salvar o mundo, como contribuiu ativamente para o seu caos.
E assim, ao analisarmos sua trajetória do princípio ao fim, é difícil negar: Geto causou mais mal do que bem. Mas sua história continua a ecoar exatamente porque nos força a encarar um dilema moral complicado: até onde é válido ir por uma causa justa?
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