Se você curte The Boys, prepare-se que você vai descobrir o melhores animes pra quem gosta do Politicamente INCORRETO!
Se você é fã de The Boys, já sabe que esse show não é para qualquer um. Ele destrói a ideia tradicional de super-heróis, trazendo um universo sombrio, cheio de violência explícita, personagens moralmente dúbios e uma crítica afiada à cultura de celebridades e poder corrompido.
Mas, se você está lendo isso, provavelmente está querendo mais — mais histórias que joguem na sua cara aquela dose de realidade cruel, com anti-heróis, reviravoltas chocantes e um enredo que faz pensar. E é aí que o mundo dos animes entra com tudo.
A verdade é que o universo dos animes tem muito mais do que apenas desenhos animados fofinhos ou batalhas de espadas. Ele é repleto de séries que exploram exatamente esse lado dark, violento e psicológico que The Boys domina tão bem.
E, se você quer expandir seu repertório com histórias que desafiam o senso comum e te prendem na frente da tela, está no lugar certo.
Neste artigo, vou te mostrar os 10 melhores animes para quem curte The Boys — aqueles que, assim como o seriado, entregam tudo aquilo que você procura: complexidade, intensidade e um olhar crítico sobre superpoderes e humanidade. Preparado? Então, bora mergulhar nessa lista!
1. Akira
“Akira” não é apenas um anime — é uma obra-prima que redefiniu o conceito de animação adulta e impactou profundamente a cultura pop global. Para quem curte “The Boys”, a conexão pode parecer sutil à primeira vista, mas está ali, pulsante, nas entrelinhas de poder descontrolado, críticas sociais duras e uma atmosfera caótica onde o herói não é aquele que usa capa, mas aquele que sobrevive à decadência.
A história se passa em Neo-Tóquio, uma cidade cyberpunk construída sobre os escombros de um Japão destruído por uma explosão misteriosa — uma alusão direta aos medos pós-nucleares do século XX.

Tetsuo, um garoto marginalizado, ganha poderes psíquicos que fogem ao controle, e aos poucos se transforma em uma ameaça existencial. Assim como os “heróis” de “The Boys”, Tetsuo representa a corrupção que o poder causa quando não há limites éticos ou maturidade emocional. A diferença é que “Akira” trata isso com um peso filosófico e visual que ainda hoje impressiona.
É um grito de desespero de uma geração frustrada, onde o caos não é só estético — é político, social e espiritual. Assistir “Akira” é como assistir “The Boys” com um olhar mais oriental, introspectivo e simbólico. É desconfortável. E por isso mesmo, essencial.
2. Devilman Crybaby
“Devilman Crybaby” é uma das obras mais brutais, poéticas e desconcertantes do universo dos animes, e tem uma conexão visceral com o espírito sombrio e niilista de “The Boys”.
Ambos escancaram o pior da humanidade, mas o fazem sob óticas diferentes: enquanto “The Boys” satiriza o culto ao herói e escancara o corporativismo imoral por trás da figura do salvador, “Devilman Crybaby” parte de uma tragédia mitológica para expor a natureza animalesca e irracional do ser humano.
Akira Fudo, o protagonista, se funde com um demônio para combater outras entidades demoníacas, mas o que começa como uma luta contra monstros acaba se revelando uma guerra contra a própria humanidade.

A série não poupa o espectador — ela joga na cara o fanatismo religioso, o preconceito, a violência gratuita e a histeria coletiva, exatamente como vemos em “The Boys”, quando a sociedade começa a apoiar psicopatas como Homelander.
Em ambos os universos, o povo não é inocente: é cúmplice, alimentando com medo e idolatria os monstros que os destruirão. “Devilman Crybaby” é cru e angustiante, e carrega o mesmo peso que sentimos quando vemos a humanidade se curvando aos super-heróis corruptos na Vought.
No fim das contas, não são os demônios ou os superpoderes que assustam — é o que cada um faz com eles quando o mundo começa a ruir.
3. Neon Genesis Evangelion
“Neon Genesis Evangelion” é uma obra que, assim como “The Boys”, desconstrói completamente os arquétipos clássicos de heróis e messias. Enquanto “The Boys” rasga a fantasia do herói invencível e moralmente incorruptível, Evangelion vai ainda mais fundo: ele coloca o peso do mundo nas costas de adolescentes quebrados emocionalmente, obrigados a pilotar máquinas gigantescas enquanto são esmagados por traumas, medo e vazio existencial.
Shinji Ikari, o protagonista, não é um herói no sentido tradicional — ele não quer salvar o mundo, não quer ser forte, e por vezes mal consegue sair da cama.
Isso é semelhante à trajetória de Hughie em “The Boys”, que é jogado em um mundo de horrores muito maiores do que ele pode suportar, e cuja motivação está enraizada na perda pessoal e na impotência diante de um sistema dominado por super-humanos.
Ambos os universos falam sobre a falência do modelo heroico. Evangelion não quer que você torça por uma batalha épica entre bem e mal; ele quer que você se pergunte o que existe por trás da vontade de salvar o mundo.
É alienação? É carência? É fuga? Em “The Boys”, vemos essa mesma distorção na figura de Homelander — um salvador que, no fundo, só quer ser amado. Evangelion é o retrato do abismo psicológico; The Boys, o do abismo moral. Ambos olham para a humanidade e nos perguntam: será que queremos mesmo ser salvos?
4. Parasyte: The Maxim
“Parasyte: The Maxim” é uma das obras mais cruéis e, ao mesmo tempo, mais filosóficas do gênero seinen. Ela questiona, com uma frieza quase científica, o que significa ser humano — e o faz através do confronto entre instinto e consciência.
A série mostra criaturas alienígenas que se alojam no cérebro de humanos e tomam controle completo do corpo, transformando-os em predadores impiedosos.
A ideia de que esses parasitas são monstros, porém, vai sendo diluída ao longo da trama. Isso porque a frieza deles é, em essência, apenas a ausência da hipocrisia humana. Não matam por maldade, mas por necessidade. Em contrapartida, os humanos matam por prazer, lucro, ideologia ou vingança.

A verdadeira selvageria, segundo “Parasyte”, está em nós. Em “The Boys”, esse mesmo conceito é reciclado com maestria: os heróis, supostamente protetores da humanidade, agem de maneira animalesca — Homelander é o exemplo máximo disso, matando e aterrorizando por puro narcisismo.
Em ambos os universos, a ideia de humanidade é desconstruída até sobrar apenas um dilema: o que nos faz humanos, afinal? É nossa compaixão? Nossa culpa? Nossa capacidade de fazer o mal e ainda nos acharmos bons? Tanto Shinichi quanto Hughie vão se tornando menos humanos à medida que “acordam” para o mundo real. O horror, nesses dois mundos, não está nas criaturas — mas nas verdades que elas nos obrigam a encarar.
5. Psycho-Pass
Se você curte “The Boys” pela vibe de questionar o poder e a moralidade, “Psycho-Pass” é um prato cheio. Imagina um Japão futurista onde um sistema chamado Sibyl mede o estado psicológico da galera o tempo todo, tipo um scanner que decide se você pode ser um perigo à sociedade.
É sinistro, né? O lance aqui é que a justiça virou tecnologia – e isso gera um debate tenso sobre até onde a gente pode controlar a liberdade das pessoas em nome da segurança.
A protagonista, Akane Tsunemori, é uma inspetora que, junto com os chamados “Enforcers” (que são criminosos latentes usados para caçar outros criminosos), investiga crimes num ambiente onde a linha entre o certo e o errado fica cada vez mais borrada.
Assim como “The Boys”, que desmonta o mito do herói perfeito, “Psycho-Pass” mostra como o sistema que promete proteção pode virar uma prisão psicológica. Se você gosta daquela pegada que mistura ação com filosofia de botar a cabeça pra funcionar, essa série vai te fisgar.
A qualidade da animação, o roteiro cheio de reviravoltas e as reflexões sobre poder absoluto fazem dessa obra uma das joias do anime moderno.
6. Death Note
“Death Note” é o perfeito estudo sobre o poder absoluto e sua corrupção inevitável, um tema que ressoa diretamente com o que “The Boys” expõe com brutal sinceridade. A história gira em torno de Light Yagami, um estudante brilhante que encontra um caderno capaz de matar qualquer pessoa cujo nome seja escrito nele.
A princípio, Light acredita estar limpando o mundo do mal, um verdadeiro agente de justiça, mas conforme seu poder cresce, sua visão distorce. Ele se vê como um deus, acima das leis humanas e da moralidade comum.
Esse arco de ascensão e queda é fascinante, porque revela o quanto o poder pode tornar qualquer um cego — mesmo aqueles com as melhores intenções.

O embate psicológico entre Light e L, o detetive que tenta detê-lo, cria uma tensão constante entre justiça e tirania, um jogo de gato e rato que mantém o espectador grudado. “The Boys” também mostra heróis que se acham superiores e intocáveis, abusando de seus poderes enquanto o resto do mundo paga o preço. Death Note explora a linha tênue entre vigilância e opressão, entre justiça legítima e fanatismo cego.
O impacto do caderno é mais do que físico; é psicológico, social e moral. O que o anime deixa claro é que, quando alguém assume o controle absoluto do destino dos outros, não há mais espaço para inocência.
Assim como “The Boys” destrói a fantasia dos heróis, “Death Note” desmonta o mito da justiça divina, mostrando que a verdadeira questão não é quem tem o poder, mas quem pode resistir a ele sem se corromper.
7. Chainsaw Man
“Chainsaw Man” é aquele anime que chega como um soco na cara, trazendo uma visão brutal e realista sobre o que significa lidar com poderes além da compreensão humana — exatamente o que fãs de “The Boys” adoram. Denji, o protagonista, é um jovem pobre que vive uma vida miserável até fundir seu coração com Pochita, um demônio motosserra, ganhando habilidades incríveis, porém pagando um preço alto pela sua humanidade.
O que faz “Chainsaw Man” tão especial é a maneira como mistura violência estilizada com uma profundidade emocional inesperada. Denji não é um herói típico; ele é um cara comum tentando encontrar um sentido para sua existência em um mundo caótico e cruel, uma realidade que “The Boys” explora ao mostrar super-heróis como seres imperfeitos, falhos e muitas vezes egoístas.

A animação do Studio MAPPA é de tirar o fôlego, mas o que realmente chama atenção é como o anime força o público a refletir sobre identidade, sacrifício e o que realmente significa ser humano quando seu corpo e alma são invadidos por forças obscuras. Denji lida com desejos básicos, medos profundos e dilemas morais que vão muito além das lutas viscerais.
O espectador se vê dentro desse conflito, sentindo o peso da perda e da esperança. Assim como “The Boys” questiona a ideia de heroísmo, “Chainsaw Man” desafia noções de poder e humanidade, mostrando que nem sempre os maiores poderes vêm com as maiores virtudes, mas sim com grandes custos.
8. Gantz
“Gantz” é um anime que vai direto no ponto da brutalidade e do desespero, perfeito para fãs de “The Boys” que gostam daquele choque visual combinado com questionamentos profundos sobre moralidade e sobrevivência.
A história começa com personagens comuns — Kei Kurono e Masaru Katou — que, após suas mortes, são misteriosamente ressuscitados por uma esfera negra enigmática chamada Gantz. Eles são jogados em um jogo cruel, onde precisam caçar e eliminar alienígenas que vivem disfarçados na Terra. O diferencial de “Gantz” está na sua combinação de violência extrema, dilemas éticos e uma atmosfera de desconfiança constante.

Assim como “The Boys”, a série explora o lado sombrio da natureza humana, onde a sobrevivência nem sempre vem acompanhada de honra, e a linha entre o herói e o vilão se esbarra numa neblina moral espessa.
Os personagens são forçados a enfrentar suas piores versões, tomar decisões que muitas vezes destroem suas almas e lidar com a sensação de impotência diante de forças maiores.
O design gráfico cru e as cenas chocantes de batalhas, que incluem desmembramentos e mortes inesperadas, provocam o espectador a sentir o mesmo medo e adrenalina dos protagonistas. Essa combinação de ação, horror e drama psicológico é o que faz “Gantz” se destacar como um anime essencial para quem curte a narrativa subversiva e intensa que “The Boys” trouxe para as telas.
Se você é daqueles que não se contenta com o óbvio, que busca histórias que desafiam o convencional, “The Boys” é só a porta de entrada para um universo muito mais profundo, complexo e visualmente impactante.
Esses 10 animes que listamos não só compartilham a pegada sombria e crítica que “The Boys” traz para o universo dos super-heróis, mas vão além, explorando camadas de moralidade, poder e corrupção que poucos conseguem retratar com tanta intensidade.
Seja através das distopias cibernéticas de “Akira” ou da brutalidade visceral de “Gantz”, cada uma dessas obras é um convite para refletir sobre o que realmente significa ser um herói — ou um monstro.
O legal é que, assim como “The Boys” desconstrói a imagem do herói perfeito, esses animes fazem o mesmo, trazendo personagens falhos, complexos, e histórias que prendem pela autenticidade e pelo choque.
Se você quer se aprofundar nessas narrativas, não deixe de conferir essas séries e se preparar para uma experiência que vai além do entretenimento: é um mergulho na alma humana.
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